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Profissionais da saúde recebem treinamento de atualização do fluxo de atendimento antirrábico – Agência de Notícias



31 de julho de 2025

16:19

Por: Bruno Rodrigues

Fotos: Renan Tonet (Secom/Sorocaba)

A Secretaria Municipal da Saúde (SES) realizou, na manhã desta quinta-feira (31), no Salão de Vidro do Paço Municipal, um treinamento para atualização do fluxo de atendimento antirrábico em Sorocaba. Participaram da capacitação enfermeiros, técnicos e demais profissionais da saúde.

Os munícipes que sofrerem acidente com animais silvestres ou morcegos deverão receber a dose zero de vacina antirrábica na unidade de urgência e emergência mais próxima (UPHs Leste, Oeste, Norte e UPA Éden) e é inserido imediatamente no sistema Cross para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), a fim de receber a imunidade passiva do Soro Antirrábico Humano (SAR) ou imunoglobulina humana antirrábica.

Conforme documento da Vigilância em Saúde Municipal, desde os anos 2000 até janeiro de 2025, o perfil da raiva humana no Brasil mudou significativamente. Os casos de raiva transmitida por cães, conhecidos como ciclo urbano da doença, foram drasticamente reduzidos devido a campanhas de controle da raiva em cães e à profilaxia antirrábica adequada para a população.

Os últimos casos de raiva em humanos transmitidos por cães ocorreram em 2013, no Maranhão, e em 2015, em Mato Grosso do Sul. Portanto, o Brasil está há quase 10 anos sem registros de raiva humana transmitida por cães, superando o prazo de cinco anos exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para declarar uma área livre de raiva.

O Brasil assumiu o compromisso de atingir essa meta antes, durante a 17ª Reunião dos Diretores dos Programas de Raiva das Américas (17º REDIPRA) em Bogotá, Colômbia, em outubro de 2023. O objetivo é obter a validação de área livre de raiva canina pela OMS/OPAS até 2026.

Apesar dos avanços no controle da raiva transmitida por cães, o Brasil enfrenta novos desafios, com o aumento de casos de raiva humana causados por variantes do vírus rábico em animais silvestres, especialmente morcegos. Atualmente, a transmissão por morcegos é a principal fonte de infecção da raiva em humanos no país

Entre 2010 e 2025, foram registrados 50 casos de raiva humana no Brasil. Desses, nove foram causados por mordidas de cães, 22 por morcegos, sete por primatas não humanos, dois por raposas, cinco por felinos, e um por bovino. Em quatro casos, não foi possível identificar o animal que provocou a agressão.

A Zoonoses reforçou os cuidados em caso de encontrar um morcego com suspeita de raiva. A equipe só retira animais com comportamento suspeito, isto é, expostos à luz do dia, em locais baixos (solos) caídos ou mortos. Os morcegos são animais silvestres altamente adaptados aos ambientes urbanos. Em Sorocaba, as espécies, encontradas até hoje, se alimentam de insetos, frutas ou néctar das flores e possuem grande importância ecológica. Eles são protegidos por Lei Ambiental, sendo proibida sua captura ou maus-tratos.

O avistamento desse animal à noite é normal, pois eles são animais noturnos e saem para se alimentar nesse horário. Somente em caso de suspeita de raiva, a Zoonoses pode recolher o animal, ou seja, quando um morcego cair no chão, ou estiver pendurado em muro, parede, durante o dia, que não são hábitos normais da espécie.

Caso um munícipe aviste o animal nessa situação atípica, deve-se imediatamente colocar um balde ou caixa em cima do morcego e ligar para a Zoonoses ir buscá-lo. Importante: em hipótese alguma o munícipe deve tocar no morcego e cães e gatos devem ser afastados do local.

O telefone da Zoonoses para contato é: (15) 3229-7333, das 8h às 17h. Fora desse horário, aos fins de semana e feriados, o contato pode ser feito com a Guarda Civil Municipal (GCM), pelo telefone 153.

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